Raposa termina jogo com 25 finalizações contra três do Botafogo, mas fica no empate – são 15 jogos dividindo pontos com rivais na Série B; ataque teve chances, mas faltou objetividade
Empurrado pela torcida, o Cruzeiro fez um jogo de muito volume diante do Botafogo, nessa terça-feira, no Independência, mas não saiu do 0 a 0. Em noite que quase tudo deu certo, com a dupla de volantes (Lucas Ventura e Adriano) mantendo a regularidade, os dois laterais (Rômulo e Matheus Pereira) com muita qualidade na saída de bola e o ataque procurando o gol a todo momento, faltou precisão – e sorte – para a balançar as redes.
No primeiro tempo, a Raposa amassou o Fogão no campo de ataque. Foram 14 finalizações (três delas no gol) contra uma do time carioca. O volume criado, no entanto, não foi suficiente para fazer a bola entrar. Destaque para o meio de campo, que ganhou a maioria das divididas e, consequentemente, facilitou o trabalho da zaga, que pouco trabalhou. Lucas Ventura e Adriano se encaixaram no esquema de Luxa. Esse último teve 81,5% dos passes certos durante a partida.
Na segunda etapa, o Botafogo conseguiu encaixar uma transição rápida que deixou o meio celeste um pouco perdido. Quando conseguiu chegar com perigo, o ataque carioca parou em Fábio, que mais uma vez fez defesas difíceis. Mas a reação do time visitante durou pouco, e a Raposa voltou a pressionar e a ocupar o campo de ataque, sobretudo com as mudanças do técnico.
Na etapa complementar, o treinador fez alterações e promoveu a estreia do jovem Vitor Roque, de apenas 16 anos. Apesar de toda a expectativa da torcida em cima do jovem da base cruzeirense, ele ficou em campo apenas 18 minutos. O atacante teve até uma boa chance logo que pisou em campo, chegando com perigo pela direita, mas não aguentou o ritmo de jogo pegado, e, cansado, foi substituído por Keké. A torcida entendeu o cansaço, mostrou paciência e aplaudiu o garoto na saída de campo.
Eduardo Brock ainda perdeu um gol inacreditável no fim do jogo. Depois de uma troca de passes entre Rômulo e Adriano pela direita, o volante cruzou e a zaga botafoguense se atrapalhou, deixando a bola sobrar na pequena área. O zagueiro chegou chutando, mas pegou mal e mandou para fora, quase sem goleiro. Léo Santos, de cabeça, também teve chance no fim e mandou pela linha de fundo.
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