Geraldo Magela Pontes, conhecido por produzir o evento “Caldo da Lua” em Sete lagoas e ser popularmente chamado de Geraldinho do Caldo da Lua, falou com a reportagem do Portal Sete sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV), que chegará neste ano em Sete Lagoas.
O CVV foi fundado em São Paulo, em 1962. O projeto é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. O projeto de Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio, presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional, oferecido a todas as pessoas que querem e precisam conversar sobre suas dores e descobertas, dificuldades e alegrias através dos postos, onde ficam os voluntários que atendem os pacientes.
Em 1977 o programa começou a crescer e expandiu-se para outras cidades do país, presente em quase todas as capitais e diversas cidades do interior do Brasil. São aproximadamente 72 postos e 2.000 voluntários que se revezam em plantões de 4 horas e meia por semana, para o atendimento de 24 horas por dia, incluindo domingos e feriados.

Perguntado sobre como o projeto chegou a Sete Lagoas, Geraldo relata que a iniciativa veio a partir do momento que uma pessoa próxima a ele se suicidou, surgiu então a necessidade de fazer algo que diminuísse a quantidade suicídios. O CVV é a ferramenta principal para que isso aconteça
De acordo com dados, o Brasil é o 8º país no mundo com mais mortes por suicídio, e vale ressaltar também que temos mais mortes por suicídios do que por homicídios, não só no Brasil, como no Mundo.
As causas que levam as pessoas ao suicídio são variáveis, dentre elas as mais comuns são: depressão; drogas (remédios e outras drogas ilícitas. Álcool também complementa a lista) e problemas psicológicos. Além disso, problemas sociais tem se destacado entre as causas. Aceitação e acolhimento da sociedade com pessoas de distintas tribos, sexualidade, gêneros e classes sociais acarretam no isolamento do indivíduo e ele próprio não se aceita, assim ele fica vulnerável ao suicídio.
O CVV oferecerá um curso de capacitação gratuito aos voluntários, de forma que eles saibam como abordar, conversar e interagir com os pacientes. Segundo Magela, não é exigida formação profissional para ser voluntário na CVV, depende muito da capacidade do indivíduo em lidar com determinados assuntos, pessoas e com questões psicológicas.
Até o momento a sede do CVV não tem um local definido, embora já os organizadores já tenham um local em mente, espaço que funcionava o antigo P.A Sete Lagoas. Com o local praticamente definido, a vinda da unidade para a cidade enfrenta uma grande burocracia que acarreta na lentidão do processo de instalação do polo.
Geraldo explica que alunos que cursam psicologia, recursos humanos, serviços sociais e áreas afins que se propuserem a ser voluntários podem ter as horas do projeto, como estágio ou como horas de atividades complementares (em acordo com a instituição de ensino).
O para saber mais sobre a CVV acesse: www.cvv.org.br
Por Giovani Cruz
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