Empresários e profissionais de saúde teriam se reunido para oferecer medicamento como tratamento precoce contra a Covid-19 aos mais pobres
Um grupo de empresários e profissionais de saúde da cidade de Sete Lagoas, na região Central de Minas, está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), suspeito de planejar a distribuição de ivermectina no município. O órgão instaurou um procedimento, para apurar o fato.
Segundo o MPMG, a suspeita chegou à 7ª Promotoria de Justiça de Sete Lagoas por meio de uma denúncia, que apontou a pretensão do grupo de distribuir o medicamento, para a população carente da cidade como forma de prevenção contra a Covid-19. A ivermectina não tem eficácia comprovada contra a doença em nenhuma forma, seja na prevenção ou no controle.
A página do PSOL de Sete Lagoas no Facebook informou em uma postagem, que o partido foi responsável por enviar a representação ao MPMG. Um outro post sobre o assunto ainda informa que o grupo se reuniu em uma sala cedida por uma faculdade e que mensagens que circularam pelo WhatsApp mostrariam que 8 mil comprimidos já teriam sido arrecadados.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Sete Lagoas e com a faculdade em questão e aguarda retorno. Este conteúdo será atualizado tão logo as respostas sejam enviadas.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em relação à matéria veiculada pela Rede Globo nesta terca-feira, 27 de abril de 2021, a respeito de um grupo de pessoas que pretendem distribuir o medicamento ivermectina à população sete-lagoana, a Prefeitura de Sete Lagoas esclarece que não tem qualquer envolvimento oficial ou extraoficial com ações de grupos privados, médicos, empresários, simpatizantes e políticos locais com relação a protocolo de tratamento precoce ou imediato para combate à Covid-19.
O Município enfatiza que segue as recomendações e preceitos do Conselho Federal de Medicina, baseadas em evidências científicas que garantam a saúde do paciente. Esclarece ainda que o profissional médico detém autonomia para prescrever a medicação que achar apropriada ao caso, e que cabe ao paciente aceitá-la ou não.
A Prefeitura ressalta ainda que nunca forneceu equipamentos de proteção individual (EPIs) ou insumos aos grupos citados, uma vez que isso fere os princípios do SUS, a saber, a universalidade, a equidade e a integralidade.
Sete Lagoas continua de forma íntegra e efetiva no combate à pandemia, orientada pela Ciência e pelas autoridades estaduais, nacionais e internacionais, sendo inclusive elogiada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS).
Renato Alexandre
Prefeitura de Sete Lagoas – Ascom
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